Últimos documentos solicitados pelo consulado enviados na última Sexta-feira. Pediram os atestados de antecedentes criminais atualizados e mais dois formulários também. Os atestados de São Paulo. Justiça Federal e Polícia Federal foram fáceis. Mas morei no Paraná e estudei em Minas Gerais e pediram esses também...aí começou a saga.
Como meu RG é de São Paulo, não posso tirá-los pela Internet. Para o do Paraná tive que fazer uma procuração e um amigo meu de Curitiba teve todo o trabalho de levar e ir buscar. O processo todo durou um mês.
Já para o de Minas, não achei nada no site da SSP/MG que me desse a dica de usar procuração. Então resolvi ir até Minas para tirar.
Primeiro liguei para Extrema, que é a cidade mais próxima da divisa (115 Km de São Paulo). Liguei na delegacia e depois de muita insistência, o Rangel me atendeu. Mas disse que estava de férias (?) e me fez ligar em Camanducaia (130 Km). Lá falei com a Roseana que me atendeu de maneira muito simpática e foi muito prestativa. Me disse que tirava lá mesmo e que era na hora.
Escolhi um dia da semana em que o trampo estava mais tranquilo e lá fui eu pela estrada. Sabia que tinha que pegar a Fernão Dias mas sabia também que a marginal agora reformada, estava toda zoada e sem placas. Cruzei os dedos e fui. Claro que errei e entrei na Dutra, mas a sorte é que a Fernão Dias cruza com a Dutra uns 3 quilômetros para frente.
Agora na Fernão Dias, pensei comigo, "uma hora e meia estou lá". Quando vejo uma placa "Fernão Dias interditada". Caraca!! Já faz uma década que choveu e parou a estrada. Ainda está interditada???
Sem muita opção, fui seguindo pelo caminho. Até que lá na frente tinha um desvio e tive que entrar por umas quebradas indescritíveis. Zona rural mesmo, galinha, porco, vaca, favela, buraco, estrada de terra, enfim. Um luxo (lixo). Só nisso perdi acho que quase uma hora e meia.
Enfim, passando por Extrema, mandei o Rangel para o inferno e segui até Camanducaia. Chegando lá, logo encontrei placas indicando a delegacia o que facilitou o caminho e não tive que ficar fazendo perguntas. Entreguei meu RG e em 5 minutos a Roseana me entrega a declaração. Quando olhei na sala, não vi nenhum computador, nada. Como será que ela deixou um assassino impiedoso receber um atestado de antecedentes criminais com ficha limpa?
Como foi muito rápido, parei numa mercearia e comprei uns queijos. Quem é que resiste? Pensei no meu dulce de leche Argentino e achei que o queijo seria uma ótima combinação (e foi, huuumm).
A volta foi outro problema. Além de calcular chegar bem na hora do rodízio por causa do atraso na ida, não ia passar novamente pelas paisagens bucólicas. Se bem que acho que a pista que chega em SP estava liberada (?). Por esse motivo, resolvi entrar na D. Pedro I até Itatiba e de lá pegar a Bandeirantes e o Rodoanel sul até a Imigrantes (moro na zona Sul e ia ter menos risco de achar um marrozinho multando).
Resultado, 6 horas de viagem depois (parei para comprar os queijos, bio-breaks na ida e na volta, parei para comer um pastel em Louveira, vim curitindo um som no carro, etc), cheguei em casa exausto, mas com o último documento que me faltava na mão.
Bem, agora está tudo com o consulado. Os exames médicos já tinham ido em meados de Abril. Acho que em mais dois ou três meses nos chamam para carimbar o passaporte. Alea jacta est.