Thursday, October 29, 2009

O Afeganistão É Aqui

Afeganistão aqui no Brasil? Como assim? Bem, descobri hoje que muito pouco nos separa do Afeganistão. Mas muito pouco mesmo. Afeganistão, país afastado no meio do nada e que só se ouve falar por causa de carros-bomba e gente morrendo no meio da rua sem razão. Alguém poderia indagar "Ah...é por causa da violência.". Violência hoje que se banalizou e já não nos espanta ou nos assusta mais.

Mas parecemos com o Afeganistão dos Talebans não por causa disso. Mas sim por causa de um episódio ocorrido na Uniban de São Bernardo do Campo, no dia 22. Vi no blog Boteco Sujo e no Vírgula News.

Aparentemente, o fato de uma universitária ter ido ao campus de minissaia, causou um mega-tumulto na população masculina. A coitada teve que ser removida do campus escoltada pela PM e sob o coro de "puta, puta". O secretário-geral (???) da universidade me sai com as seguintes pérolas:

"A aluna veio trajada de uma determinada forma e isso provocou os alunos”, declarou o secretário ao Virgula. Perguntado se a Uniban acha que isso justifica a agressão à aluna, o secretário foi contraditório. Inicialmente disse que “ela deu causa, ela deu motivos”, mas logo em seguida amenizou: “Também não era motivo para tanto alvoroço”."

O Boteco Sujo também falou com um (des)estudante da universidade que me saiu com mais essas outras pérolas:

"Uma fala do aluno com quem conversei resume o clima daquele ambiente universitário:
— Eles estavam errados em querer estuprar a mina, mas ela provocou, né, véio?
Então...Então?
— Então talvez ela merecesse."

Só faltou a PM bater na moça por desacato generalizado ao pudor físico, moral, mental e transcendental.

Então a solução para isso é: burqa para todas as mulheres. Assim elas esconderão todas as suas partes pudendas (dedinho do pé, por exemplo) a situação descrita acima nunca mais irá ocorrer. Se a estória acima tivesse ocorrido no Afeganistão, confesso que não ficaria surpreso. Mas aconteceu aqui, em São Bernardo do Campo, numa universidade.

Isso só mostra uma coisa. Esse pessoal que está nessa dita (des)universidade, formará a elite desse país (estatisticamente falando, claro) em uns 10 ou 15 anos. Ou seja, a minha geração que já estava bem longe de usufruir de algum benefício de uma sociedade mais justa, agora está mais fodida ainda. A geração dos meus filhos também. Talvez os meus netos tenham uma chance um pouco melhor......ou abandono tudo isso e recomeço minha vida num lugar onde pelo menos os meus filhos possam construir algo sem ter que se preocupar com burqas.

Tuesday, October 27, 2009

Education in Canada


If you are planning to migrate to Canada, then it would be wise to know about the education prospects that the country has to offer. No matter whether you are moving to Canada under a Student Visa or migrating with your family, you must clearly understand the educational facets of Canada for yourself or your kids, whom so ever is applicable.

You would be glad to know that the Canadian government offers free of charge education to every child at School level. It is highly subsidized for citizens and immigrants at post schooling levels. As an immigrant, it is essential to arrive with all the necessary documents including the previous transcripts, documents on courses studied in the home country and so on. It would be a calculating decision to consult an Immigration expert and know more on the child education benefits and other mandates associated with it.

Canadian education has always been applauded for its premium educational institutions, diverse range of courses and premium faculty. If you have kids and you are planning to enroll them in a Canadian school, ensure that your child remains away from the fear of anxiety and understands the culture of Canadian schools and classrooms in advance.

Choosing the right school forms another critical element when it comes to providing the right education to your child. You can opt for a public institution, a private educational institution or faith-based schools. For post-secondary education, the choices are available in the form of Formal training (Skills), Community College, and Universities.

Know that the schooling year in Canada commences somewhere around August and September. So make your plans accordingly.

Source: Abhinav Blog

Reflexões


O meu processo já já vai completar dois anos. Creio que no primeiro semestre de 2010 seremos chamados para os exames médicos e emissão dos vistos. Notaram a minha alegria?

A pergunta é: e depois?

O fato é que as premissas iniciais que me levaram a iniciar o processo se mantêm. O plano para chegar lá é que mudou um pouco.

A economia brasileira está melhorando a cada dia. Ainda mais com a estória de Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas em 2016. Tenho esperanças que em 10 anos, o Brasil será um país um pouco melhor para se morar.

Também saí do meu antigo emprego em Janeiro e logo consegui um outro muito bom onde tenho chances concretas de crescer e me desenvolver profissionalmente. Isso faz com que eu pense um pouco se realmente vale a pena parar tudo e recomeçar tudo de novo.

Mas uma coisa não me sai da cabeça. Apesar do desenvolvimento econômico, as iniciativas e investimentos em educação são absolutamente pífios. O que isso significa para mim é que teremos muito dinheiro em circulação, muitos investimentos serão feitos mas muito disso será desviado para financiar a corrupção. E não será um crescimento sustentado por um povo educado.

Outra coisa que não muda são os políticos. Eu não me sinto representado por esses que estão aí. Ou seja, cidadania é uma coisa inexistente. E isso não é algo que uma Copa do Mundo ou uma Olimpíada irão resolver.

Portanto, o negócio é ir embora mesmo.

Creio que terei ao menos 12 meses depois da emissão do visto e primeira entrada para tomar a decisão de imigrar ou não.

Nesse meio tempo, tenho planos de fazer uma viagem de reconhecimento com a família em Julho do ano que vem para preparar os espíritos para uma potencial mudança.

Dá um frio na barriga....

Alguém tem algo a compartilhar nesse sentido?

Monday, August 31, 2009

RBC Welcome Package

Dicas bancárias para newcomers no RBC Bank.

Most newcomers have one thing in common - questions
.

Starting a new life in a new country is exciting and sometimes a bit overwhelming. We are here to help make it easier for you with the answers and advice to help you get started.

A New Fast-Track Canadian Permanent Residency Option

Quem topa?

A New Fast-Track Canadian Permanent Residency Option

Since 2001, the Yukon Territory has been the only Canadian Territory to have an immigrant Nominee Program in place. However, the Yukon now has company. On August 5, 2009, Citizenship, Immigration and Multiculturalism Canada (CIMC) Minister Jason Kenney, along with his Territorial counterparts, announced the new Northwest Territories Nominee Program (NTNP). This fast-track Canadian immigration program will enable the Northwest Territories to fulfill their labour market and community needs by welcoming more immigrants to settle and work in its principal city, Yellowknife and other areas of the Territories.

Applicants can qualify under two employer-driven categories: the Skilled Worker stream and the Critical Impact Worker stream, or under two business categories: the Entrepreneur and the Self-Employed.

Skilled Workers- Under this stream, an individual can be nominated by a Northwest Territories employer who is unable to fill a vacancy with a Canadian citizen or Permanent Resident. The applicant must have a full-time, permanent job offer in a Skilled, Professional or Managerial occupation, as defined in the National Occupation Classification (NOC).The applicant must also have the necessary education and training required for the position, be able to communicate in the language of the workplace, and be accepted by the territorial body governing their profession or trade, if applicable.

Critical Impact Workers- Like the Skilled Worker stream, an applicant under the Critical Impact Worker stream requires a permanent, full-time job offer from a Northwest Territories employer who has been unable to hire a Canadian citizen or permanent resident for the position. However, this job offer must be in a semi-skilled hospitality or service industry position. Applicants under this stream must have worked in the Northwest Territories on a Temporary Work Permit in that same position for at least six months. They must be able to communicate in the language of the workplace, and have the necessary work experience for the job.

Applicants under both the Skilled Worker and the Critical Impact Worker streams cannot be refugee claimants. It is important to note that employers who wish to nominate individuals under the NTNP must demonstrate that the remuneration and working conditions of the employment they are offering correspond to local and national standards.

Entrepreneur Business-Individuals who wish to start or purchase a new or existing Northwest Territories business can immigrate under this category. They must meet a personal net worth requirement and invest a minimum amount in their planned business. This amount varies depending on whether the planned business is located in Yellowknife or elsewhere in the Northwest Territories.

Self-Employed Business- Under this category, an applicant must demonstrate that they have a profession or occupation that has been listed as a skill shortage in the Northwest Territories. They must have the necessary education and training for this profession as well as satisfy the requirements of the territorial body that governs their occupation. Applicants must submit a detailed business plan for the business or practice, and show awareness of the social, economic and environmental conditions of the Northwest Territories.

Under both of the Business categories, applicants must be able to communicate in one of the official languages of the Northwest Territories.

Upon receiving a Nomination Certificate from the Northwest Territories, nominees must submit their application to federal immigration authorities for approval and issuance of Permanent Resident visas. However, applicants with Nomination Certificates are processed on a priority basis at the federal level, ensuring that they receive their visas as quickly as possible.

Sunday, July 26, 2009

NotCanada.com

Bem, já estou (estamos) nessa jornada a quase dois anos desde o application. Creio que no final deste ano ou no começo do ano que vem eu já devo receber o visto. Durante esse tempo, muita coisa aconteceu e mudou. Li bastante e refleti muito. Assim que receber o visto, terei um ano para tomar uma decisão que vai mudar a minha vida e da minha família.

Creio que o sonho de todos se divide basicamente em duas partes. A primeira é o de procurar uma nova vida, novas oportunidades e a chance de recomeçar do zero. A segunda parte desse sonho é o de deixar para trás frustrações da vida, um sistema social injusto que não premia o mérito, a violência, etc.

O Canadá é a opção natural para muitos pois está próximo dos EEUUAA com todas as suas facilidades, porém tem uma cultura mais européia, mais próxima da nossa. Não é tão cara e xenofóbica quanto a Europa.

Mas existe o outro lado (sempre existe) das pessoas que foram e quebraram a cara (e as economias). Todos os blogs que leio são de incentivo e quão bonito é o Canadá. Eu não quero rain in nobody's parade mas é sempre bom refletir com outros olhos, até para que possamos tomar decisões mais inteligentes. Segue um blog que achei na internets e que mostra um pouco desse outro lado.

Vamos lá, colocar a cabeça para pensar.

NotCanada.com


der doppelgänger

Monday, May 25, 2009

Urban scrawl: An Indian gives up on life in Toronto

Posted: May 25, 2009, 11:47 AM by Rob Roberts
By Natalie Alcoba, National Post

I met Prabhaker on an airport shuttle in south India, two years after he packed his bags in Toronto and moved back home.

He asked me where I was from, and when I told him he took out his own Canadian passport: "I lived there for five years with my family."

The bus broke down and we ended up sharing a taxi to the airport. It was a long way, plenty of time to get a taste of that quintessential immigrant experience -- the one Canadian embassies fail to mention when they welcome hopeful families from around the world.

Prabhaker, who has asked that his last name not be used in this story, was making a decent living in Hyderabad when he applied to come to Canada. He thought it could be a better place to raise a family. Cleaner. Less pollution.

He has a master's in international trade from the United States and, after an exhaustive selection process with the Canadian embassy that lasted three years, was sure he was headed to a place of opportunities when he moved his wife and two children to Toronto in 2001.

It did not turn out that way. He was 37. The job he got at the call centre was hardly enough to make ends meet, and he had to moonlight as a gas station attendant.

Things improved when he started working for a Canadian bank, but a salary shy of $40,000 meant he still had to hold two jobs.

The family lived in a small apartment by Queen and Lansdowne and eventually rented out part of a house in midtown.

He faced that familiar challenge -- you need Canadian experience to advance in our system, and you need someone to give you a chance. He found that employers were not so keen to hire an outsider.

He said the same would happen in India, where caste divisions continue to limit people's professional ascent. People are more comfortable with their own, he said.

"My vicious cycle of employment continued for another four years," Prabhaker told me later in an e-mail.

"I finally found myself at the dead end of the tunnel. While many Asians like me wait to take up citizenship and move south to U. S. A., due to my own personal choice and constraints I opted to return to India.

"Some live hoping that lives of their children will be of roses; I don't know how?"

A 2006 Statistics Canada study showed that about a third of Canadian immigrants return to their native country within 20 years, more than half of those within the first year of arriving. The report focused on men between the ages of 25 and 45 and found higher emigration rates among those who had been admitted to Canada as a skilled worker or under the business category.

Prabhaker told me in the cab, and then reiterated in his e-mail, that he believes the Canadian immigration system should first look at the status of immigrants who are already in big cities before opening its doors to more newcomers.

"What is the purpose of this three-year evaluation if all we end up is serving another cup of hot coffee in Tim Hortons or filling washing liquid in your neighbourhood gas station. How far does this money take an immigrant family?"

He referenced National Post editor at large Diane Francis who, in her book Immigration - The Economic Case, he said "illustrated beyond any doubt consequences of such careless immigration just to fill the quota of annual immigration policy."

Two years ago, Prabhaker reached out to his former employer in India and arranged for "more dignified" work as an international sales manager.

"The probability of making it big in Canada is the same as making it big here," he says.

Now he owns his own home in Hyderabad, gets to travel abroad for his job. His wife does not need to work. The move has been a good one.

"But, I miss things about Toronto." The Don Valley Parkway's display of brilliant colours in the fall. The Toronto Zoo. His long walks along the harbourfront, and the ferry ride to Centre Island.

He could hardly contain his excitement when on a recent business trip to the United States he spotted a Tim Hortons (although the small coffee he usually had turned into a medium because, well, that is what a small looks like in America). He was as addicted to Timmy's as he was to the Royal Canadian Air Farce; never missed a Friday episode.

"You're more Canadian than me!" I laughed in the cab. He laughed, too.

He spoke fondly of Jean Chrétien. They share a birthday.

There are less fond memories, too. Like the time he tried to buy something at Zellers, just as the cashier turned off her light and told him her aisle was closed. After he left he saw her turn the light back on and serve another customer.

But those experiences were few and far between, he said; he cherishes Canada. "No hard feelings. This is where we belong."

Correr Es Mi Destino

Mais um blog interessante para o blogroll: "Correr Es Mi Destino" da Zhu.

Acabei cruzando com o site dela.....na verdade não sei como. Navegando por aí, achei essa pérola e decidi colocar no site.

Ela é cidadã Francesa e decidiu imigrar para Quebéc. O nome dela é Juliette e não tem nada de Chinesa. Para saber mais sobre isso recomendo que entre no site.

Ela tem publicado uma série de posts relativos a dicas para imigração. Já foram 4 posts de uma série de 10 e vale a pena dar uma olhada.

Para quem está na espera aqui no Brasil, existem muitos blogs com dicas, mas vale a pena ver como outras pessoas de outros países enfrentam esse desafio.

Fora que o site é muito bem montado, com muitas informações além de dicas de imigração e muitas, mas muitas fotos mesmo.

Seguem alguns links:

The Two Immigration Myths (1/10)
Immigration: The Skilled Worker Category (2/10)
Immigration: The Sponsorship Category (3/10)
If You Immigrate To Quebec (4/10)

O resto, vocês acompanham no blog dela.

Der Doppelgänger

Wednesday, May 20, 2009

Dicas - Appendix A – Checklist.

Seguem algumas dicas de como responder ao formulário em questão.

A pergunta foi feita no blog Suando Frio e coloquei as perguntas e minha resposta aqui no meu blog.

Enjoy,

Der Doppelgänger

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01. Esse formulário deve ser preenchido só pelo aplicante principal ou pelos dois?

02. No quadro A. Bank Deposits:

Quadro Bank Deposits

Quadro Bank Deposits

A parte direita do quadro, entendi que deve entrar aqui aplicações como, no nosso caso, Fundos de Renda Fixa, é isso? E Maturity Date refere-se àquelas datas que alguns investimentos possuem que o cidadão só pode resgatar o que investiu depois dessa data, entendi certo?

02. Possuímos dois carros, um quitado e outro financiado. Onde no documento coloco cada um deles?

03. Na última parte, em Liabilities, no item F – Mortgages – preciso colocar novamente nosso apartamento, já que ele entrou no item B – Property? E se precisar colocar, o que coloco em Mortgaged Amount? Só o que falta pagar do financiamento? Porque se for pra entrar isso, vai me quebrar na hora de fazer a conta seguinte (Total Assets menos Total Liabilities).

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Respostas:

Oi. O propósito desse quadro é verificar se você tem fundos suficientes para viver no Canadá quando da imigração através da seguinte tabela:

# OF FAMILY MEMBERS FUNDS REQUIRED
1 CAD$10,168
2 CAD$12,659
3 CAD$15,563
4 CAD$18,895
5 CAD$21,431
6 CAD$24,170
7 CAD$26,910

Então na conta final, deve constar um sumário de:

Saldo C/C + Poupança (current e savings) + Investimentos disponíveis (funds) – Investimentos indisponíveis (fundos presos) + Bens (property) + Ações/Metais (stocks, shares, bonds, metals) – Hipotecas (mortgages) – Outras obrigações (carnês, cartão de crédito, dívidas que não entraram na lista acima)

O resultado da conta acima deve ser maior que os valores indicados na tabela.

Para responder às perguntas, deve-se pensar da seguinte forma:

Se você recebesse hoje o visto para o Canadá, quanto em dinheiro você poderá levar se liquidar todas as suas obrigações e transformar todos os bens em dinheiro?

Vamos às suas perguntas:

1. Depende de como você declarou o regime de comunhão de bens. Se vocês declararam união estável, os bens são comuns, portando um formulário bastará. Se vocês não declararam união estável, o que não acho que tenha sido o caso, um formulário para cada um mas aí acho que vocês teriam que abrir dois processos de imigração, um para cada um.

2. Correto. Current & Savings é saldo disponível em conta corrente e poupança, ou seja, liquidez imediata. A parte de fundos e maturidade são fundos de renda fixa, fundos de ação e quando eles estão disponíveis. Alguns fundos de CDB por exemplo, não podem ser resgatados antes de um ano. O importante num fundo de renda fixa é a liquidez rápida e isso é o que importa para o governo Canadense, portando indique isso no maturity date.

3. O carro quitado em Property. Quanto ao carro financiado, creio que dependa dos termos do financiamento. Se você parar de pagar hoje, voce perde 100% do carro? Então ele entra como obrigação em mortgage. Ou voce recupera parte do financiamento pago? Então a parte recuperável entra em properties. O restante da obrigação/parcelas a serem pagas em mortgages.

4. Apartamento, use a mesma metodologia. Se você parar de pagar o apto hoje, voce recupera parte do investimento?

Espero que tenha ajudado.

Abraço e boa sorte.

Saturday, March 28, 2009

Meet the Despachante, Your New Brazilian Best Friend

Please come again?

Não se assuste. Achei o site Brazzil (Since 1889 trying to explain Brasil) por acaso, ao procurar serviços de despachante em São Paulo. Segue um trechinho muito interessante sobre o tópico em questão:

"...
The term despachante is derived from the Portuguese adjective meaning "efficient", which I confess may seem somewhat ironic at this point in our discussion. If you look up the word despachante in a Portuguese/English dictionary, it's generally defined as a "shipping agent", a "document agent" or a "customs agent"; however this term is more broadly used to refer to the middleman or facilitator of business transactions of all sorts.

In his book The Testament, much of which takes place in Brazil, but which I must confess I have not read, John Grisham provides a colorful description of the term despachante. Mr. Grisham writes that despachante is "a Portuguese term for a personal dispatcher, expediter, buyer, or runner.

"No official document is obtained in Brazil without waiting in long lines. A despachante knows the city clerks, the courthouse crowd, the politicians, and the customs agents. He knows the system and how to grease it to get things done. The job requires a quick tongue, patience, and a lot of brass."
..."

Vou deixar o site Brazzil na lista de blogs pois sempre gosto de ter perspectivas diferentes sobre o mesmo assunto.

Enjoy.

der doppelgänger

Busy

Tenho estado extremely busy no meu new job (o que é bom). Desculpem-me pela falta de posts.

der doppelgänger

Tuesday, March 10, 2009

Certificações - UPDATE

Fiz a prova do PMI na Prometric em São Paulo e passei. Agora sou oficialmente um PMI-certified Project Manager Professional. How cool is that?

Wednesday, March 4, 2009

Petition

Na verdade isso não diz respeito diretamente a nossa jornada. A lei em questão propõe negar cidadania aos filhos de cidadãos canadenses nascidos no exterior, o que eu particularmente acho um absurdo.

A petição mostra porém que a sociedade canadense não está contente com as atuais políticas imigratórias do Ministro Jason Kenney.

Em face à atual crise econômica, isso pode ter dois desdobramentos:

- Uma flexibilização do 'endurecimento' das leis propostas pelo Ministro Kenney.
- Uma radicalização para o lado mais fraco, nesse caso, nós na jornada.

It's all about the money.....

Der Doppelgänger

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Sign petition against Canadian Citizenship law changes
Posted on March 3, 2009 by knowledgeomnivore

The Canadian Expat Association has launched an online petition to pool our resources and fight the upcoming changes in the Canadian Citizenship laws. Please do sign, and pass this on to anyone you know who may either be themselves directly affected, or who could be in the future (this would be all Canadians, present or future). Over the past few weeks many of us have been working intensely to alert Canadians living around the world about changes to Citizenship and Immigration laws that will affect children of Expats born abroad. There has been significant headway gained with media both in Canada and abroad assisting in our efforts.

Individuals from around the world have been in contact with the association and several other Canadian organizations are working hard to encourage Expats and their relatives in Canada to write to Minister Jason Kenney and their local MP. This is working, as Citizenship and Immigration critics with both the Liberal Party and the NDP have expressed their support of Canadians living abroad.

To help consolidate our voices an online petition has been created. Please visit and sign the petition at Canadian Citizenship and Children Born Abroad (http://www.petitiononline.com/cexpat01/petition.html)

On March 17th, the petition will be presented to the Minister of Citizenship and Immigration Canada Honorable Jason Kenney, (Liberal Critic) Maurizio Bevilacqua and (NDP Critic) Olivia Chow. We would also encourage you to forward this information to other Canadians living abroad and relatives in Canada.
Please continue to write letters to the following individuals:

Minister of Citizenship and Immigration Canada
Hon. Jason Kenney, Kenney.J@parl.gc.ca
(Liberal Critic) Maurizio Bevilacqua, BevilM@parl.gc.ca
(NDP Critic) Olivia Chow, chow.o@parl.gc.ca

Visit The Canadian Expat Association http://thecanadianexpat.com/
to keep up to date; and remember, sign the petition: http://www.petitiononline.com/cexpat01/petition.html

Saturday, February 28, 2009

Canadian immigration warns applicants to submit now

The Canadian Immigration Minister Jason Kenney has encouraged prospective migrants to Canada to submit their application before the March, when he meets with federal, provincial, and territorial officials to review economic data and to determine if immigration levels should be changed.

Although he has promised the high levels of immigration would remain during 2009, Kenney has warned that the Canadian immigration system must remain flexible and responsive to the economy, and as such is subject to contraction. Therefore, the Minister is encouraging prospective migrants to lodge their visa applications sooner rather than later.

Currently, the Minister has given the go-ahead to the Canadian Immigration and Citizenship (CIC) to approve between 240,000 to 265,000 new permanent residents during this year so that the skills gaps can continue to be filled and the economy can benefit from growth.

"We don’t want people coming to Canada and facing unemployment. We need to be sensitive to the changing labour market, and if we need to make modifications, we will," Minister Kenney said.

"We need to be flexible, prudent and ensure that our response to short-term conditions does not counter out long-term goals, in which immigration will play a significant role," he said.

"We don’t want to turn off the tap of the future growth that is represented by immigration."

Monday, February 23, 2009

Vicious Circle

Segue mais uma daquelas reportagens esclarecedoras. Eu sei que tem muita gente que detesta a revista Veja sei lá por quais motivos. O fato é que tais motivos não me interessam. O importante é saber discernir, correto?

Então segue aqui mais uma reportagem da série "Reflexões", apresentando uma visão sobre o problema da educação no Brasil. E um dos motivos que faz correr para a fila do visto.

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"...
Fábrica de maus professores


Uma das maiores especialistas em ensino superior
brasileiro, a antropóloga não tem dúvida: os cursos
de pedagogia perpetuam o péssimo ensino nas escolas

Monica Weinberg
Edu Lopes

"Os cursos de pedagogia desprezam a prática da sala de aula e supervalorizam teorias supostamente mais nobres. Os alunos saem de lá sem saber ensinar"

Hoje há poucos estudiosos empenhados em produzir pesquisa de bom nível sobre a universidade brasileira. Entre eles, a antropóloga Eunice Durham, 75 anos, vinte dos quais dedicados ao tema, tem o mérito de tratar do assunto com rara objetividade. Seu trabalho representa um avanço, também, porque mostra, com clareza, como as universidades têm relação direta com a má qualidade do ensino oferecido nas escolas do país. Ela diz: "Os cursos de pedagogia são incapazes de formar bons professores". Ex-secretária de política educacional do Ministério da Educação (MEC) no governo Fernando Henrique, Eunice é do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas, da Universidade de São Paulo – onde ingressou como professora há cinqüenta anos.

Sua pesquisa mostra que as faculdades de pedagogia estão na raiz do mau ensino nas escolas brasileiras. Como?
As faculdades de pedagogia formam professores incapazes de fazer o básico, entrar na sala de aula e ensinar a matéria. Mais grave ainda, muitos desses profissionais revelam limitações elementares: não conseguem escrever sem cometer erros de ortografia simples nem expor conceitos científicos de média complexidade. Chegam aos cursos de pedagogia com deficiências pedestres e saem de lá sem ter se livrado delas. Minha pesquisa aponta as causas. A primeira, sem dúvida, é a mentalidade da universidade, que supervaloriza a teoria e menospreza a prática. Segundo essa corrente acadêmica em vigor, o trabalho concreto em sala de aula é inferior a reflexões supostamente mais nobres.

Essa filosofia é assumida abertamente pelas faculdades de pedagogia?
O objetivo declarado dos cursos é ensinar os candidatos a professor a aplicar conhecimentos filosóficos, antropológicos, históricos e econômicos à educação. Pretensão alheia às necessidades reais das escolas – e absurda diante de estudantes universitários tão pouco escolarizados.

O que, exatamente, se ensina aos futuros professores?
Fiz uma análise detalhada das diretrizes oficiais para os cursos de pedagogia. Ali é possível constatar, com números, o que já se observa na prática. Entre catorze artigos, catorze parágrafos e 38 incisos, apenas dois itens se referem ao trabalho do professor em sala de aula. Esse parece um assunto secundário, menos relevante do que a ideologia atrasada que domina as faculdades de pedagogia.
..."

Leia a reportagem completa, aqui.

Thursday, February 19, 2009

Certificações

Depois de fazer o teste do IELTS, passei a dar mais importância à questão de certificação profissional como um veículo para entrar no mercado de trabalho. Mercado esse seja no Canadá ou não.

Como mencionei no post anterior, sou formado em Engenharia. Porém como essa é uma profissão regulamentada pelo governo, o meu diploma nada vale no Canadá. Existe um processo de reconhecimento do diploma Brasileiro no Canadá, porém é um processo trabalhoso, leva tempo e não creio que o resultado final seja totalmente satisfatório.

Para aumentar minhas chances, decidi investir em certificações reconhecidas internacionalmente.

1) Project Manager Professional do PMI.org. É uma certificação mundialmente reconhecida e além de reforçar e fixar conhecimentos práticos, abre muitas portas ao profissional certificado.
Os pré-requisitos não são simples. Além de 4500 horas na função de gerenciamento ou coordenação de projetos, são necessárias 35 horas de treinamento formal em uma instituição autorizada pelo PMI. Segue um sumário:
Description: This advanced certification is for project management professionals with extensive experience. The qualifications and testing are rigorous, making this a widely respected certification. The PMP experience and exam requirements focus on five process groups: Initiating, Planning, Executing, Controlling, & Closing.
Requirements:
* A bachelor's degree and 4,500 hours of PM experience in the five process groups, OR, a secondary school diploma and 7,500 hours of PM experience in the five process groups.
* 35 contact hours of classroom instruction that relate to project management objectives. Several types of courses fulfill this requirement.
* Supporting Documentation is required for the above qualifications.
* Pass the PMP exam, which consists of 200 multiple-choice questions to be completed in 4 hours.
Costs: PMI membership costs $100. Certification fees are $555 for non PMI members and $405 for members.
Recertification: You must maintain continuing certification requirements consisting of 60 Professional Development Units (PDU). Usually, one PDU is earned for every one hour spent in a planned, structured learning experience or activity.

2) Cisco Certified Network Associate: Esse é um pouco mais simples, não exige pré-requisitos técnicos e é entry level para os outras certificações Cisco, porém dá também o reconhecimento necessário para conceitos básicos de IP e elementos de rede. Seguem os requerimentos do site da Cisco.

Ainda estou pensando on ITIL, mas preciso colher mais informações a respeito.

Depois escrevo mais. Se alguém tiver mais alguma e queira compartilhar, be my guest.

Tuesday, February 17, 2009

Well well well....

Who could tell? After being laid off in January, I got myself a new job in Brazil. I just received an offer letter which I quickly signed off and sent back.

Since my plans are still to go to Canada, it will be a good opportunity to allow the economic crisis to go away while we wait for the Visa.

In the meantime, I'm praying to Saint Mary John to expedite things (pero no mucho) on her side...

Sunday, February 15, 2009

“Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção”

Bem, segue aqui um dos motivos que me fazem querer deixar esse país. Reproduzo aqui na íntegra a reportagem da revista Veja. Leiam e chorem, que é a única coisa que nos resta fazer.....ou correr atrás de um visto e sair daqui correndo antes que isso exploda ou que o futuro dos filhos seja permanentemente comprometido.

Der Doppelgänger

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Carta ao Leitor ( Revista Veja)


É enorme o peso que tem em um processo judicial o depoimento de uma testemunha ocular. Esse tipo de relato, quando dado de boa-fé e sem inconsistências, é decisivo na formação do veredicto. Na política, os testemunhos de personagens com intimidade com os fatos que revelam são igualmente poderosos. O processo que culminou com o impeachment do presidente da República Fernando Collor, em 1992, começou com um desses depoimentos, a espantosa entrevista que seu irmão concedeu a VEJA em maio daquele ano e que foi estampada na capa com a chamada “Pedro Collor conta tudo”. A Carta ao Leitor daquela edição tinha o título “Depoimento que não se pode ignorar”. Não foi. Dezenove semanas depois das revelações do irmão a VEJA, Collor deixava a Presidência. As Páginas Amarelas desta semana trazem um conjunto de revelações feitas pelo senador Jarbas Vasconcelos ao repórter Otávio Cabral, 37 anos, quatro dos quais na sucursal de Brasília. Elas constituem um depoimento que também não se pode ignorar.

Com 43 anos de política dedicados primeiro ao antigo MDB e depois ao PMDB, duas vezes governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos relata com a eloquência das testemunhas oculares que seu partido, hoje detentor das presidências do Senado e da Câmara, é uma agremiação que se move apenas por “manipulação de licitações, contratações dirigidas e corrupção em geral”. A entrevista de Jarbas Vasconcelos a VEJA não deixa muitas opções a seus colegas de partido e, por consequência, ao Congresso: processam o senador por falta de decoro parlamentar, imolam-se em praça pública ou vestem a carapuça e começam a mudar seu comportamento. O Brasil precisa acompanhar muito de perto o desenrolar do depoimento do senador a VEJA. Ele tem tudo para ser o motor de um profundo e histórico processo de limpeza da vida pública brasileira.

Entrevista da revista VEJA EDIÇÃO Nº 2100 - 18.02.09

A ideia de que parlamentares usem seu mandato preferencialmente para obter vantagens pessoais já causou mais revolta. Nos dias que correm, essa noção parece ter sido de tal forma diluída em escândalos a ponto de não mais tocar a corda da indignação. Mesmo em um ambiente político assim anestesiado, as afirmações feitas pelo senador Jarbas Vasconcelos, de 66 anos, 43 dos quais dedicados à política e ao PMDB, nesta entrevista a VEJA soam como um libelo de alta octanagem. Jarbas se revela decepcionado com a política e, principalmente, com os políticos. Ele diz que o Senado virou um teatro de mediocridades e que seus colegas de partido, com raríssimas exceções, só pensam em ocupar cargos no governo para fazer negócios e ganhar comissões. Acusa o ex-governador de Pernambuco: “Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção”.

Veja: O que representa para a política brasileira a eleição de José Sarney para a presidência do Senado?

Jarbas: - É um completo retrocesso. A eleição de Sarney foi um processo tortuoso e constrangedor. Havia um candidato, Tião Viana, que, embora petista, estava comprometido em recuperar a imagem do Senado. De repente, Sarney apareceu como candidato, sem nenhum compromisso ético, sem nenhuma preocupação com o Senado, e se elegeu. A moralização e a renovação são incompatíveis com a figura do senador.

Veja: Mas ele foi eleito pela maioria dos senadores.

Jarbas: - Claro, e isso reflete o que pensa a maioria dos colegas de Parlamento. Para mim, não tem nenhum valor se Sarney vai melhorar a gráfica, se vai melhorar os gabinetes, se vai dar aumento aos funcionários. O que importa é que ele não vai mudar a estrutura política nem contribuir para reconstruir uma imagem positiva da Casa. Sarney vai transformar o Senado em um grande Maranhão.

Veja: Como o senhor avalia sua atuação no Senado?

Jarbas: - Às vezes eu me pergunto o que vim fazer aqui. Cheguei em 2007 pensando em dar uma contribuição modesta, mas positiva – e imediatamente me frustrei. Logo no início do mandato, já estourou o escândalo do Renan (Calheiros, ex-presidente do Congresso que usou um lobista para pagar pensão a uma filha). Eu me coloquei na linha de frente pelo seu afastamento porque não concordava com a maneira como ele utilizava o cargo de presidente para se defender das acusações. Desde então, não posso fazer nada, porque sou um dissidente no meu partido. O nível dos debates aqui é inversamente proporcional à preocupação com benesses. É frustrante.

Veja: O senador Renan Calheiros acaba de assumir a liderança do PMDB…

Jarbas: - Ele não tem nenhuma condição moral ou política para ser senador, quanto mais para liderar qualquer partido. Renan é o maior beneficiário desse quadro político de mediocridade em que os escândalos não incomodam mais e acabam se incorporando à paisagem.

Veja: O senhor é um dos fundadores do PMDB. Em que o atual partido se parece com aquele criado na oposição ao regime militar?

Jarbas: - Em nada. Eu entrei no MDB para combater a ditadura, o partido era o conduto de todo o inconformismo nacional. Quando surgiu o pluripartidarismo, o MDB foi perdendo sua grandeza. Hoje, o PMDB é um partido sem bandeiras, sem propostas, sem um norte. É uma confederação de líderes regionais, cada um com seu interesse, sendo que mais de 90% deles praticam o clientelismo, de olho principalmente nos cargos.

Veja: Para que o PMDB quer cargos?

Jarbas: - Para fazer negócios, ganhar comissões. Alguns ainda buscam o prestígio político. Mas a maioria dos peemedebistas se especializou nessas coisas pelas quais os governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas, corrupção em geral. A corrupção está impregnada em todos os partidos. Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção.

Veja: Quando o partido se transformou nessa máquina clientelista?

Jarbas: - De 1994 para cá, o partido resolveu adotar a estratégia pragmática de usufruir dos governos sem vencer eleição. Daqui a dois anos o PMDB será ocupante do Palácio do Planalto, com José Serra ou com Dilma Rousseff. Não terá aquele gabinete presidencial pomposo no 3º andar, mas terá vários gabinetes ao lado.

Veja: Por que o senhor continua no PMDB?

Jarbas: Se eu sair daqui irei para onde? É melhor ficar como dissidente, lutando por uma reforma política para fazer um partido novo, ao lado das poucas pessoas sérias que ainda existem hoje na política.

Veja: Lula ajudou a fortalecer o PMDB. É de esperar uma retribuição do partido, apoiando a candidatura de Dilma?

Jarbas: - Não há condições para isso. O PMDB vai se dividir. A parte majoritária ficará com o governo, já que está mamando e não é possível agora uma traição total. E uma parte minoritária, mas significativa, irá para a candidatura de Serra. O partido se tornará livre para ser governo ao lado do candidato vencedor.

Veja: O senhor sempre foi elogiado por Lula. Foi o primeiro político a visitá-lo quando deixou a prisão, chegou a ser cotado para vice em sua chapa. O que o levou a se tornar um dos maiores opositores a seu governo no Congresso?

Jarbas: - Quando Lula foi eleito em 2002, eu vim a Brasília para defender que o PMDB apoiasse o governo, mas sem cargos nem benesses. Era essencial o apoio a Lula, pois ele havia se comprometido com a sociedade a promover reformas e governar com ética. Com o desenrolar do primeiro mandato, diante dos sucessivos escândalos, percebi que Lula não tinha nenhum compromisso com reformas ou com ética. Também não fez reforma tributária, não completou a reforma da Previdência nem a reforma trabalhista. Então eu acho que já foram seis anos perdidos. O mundo passou por uma fase áurea, de bonança, de desenvolvimento, e Lula não conseguiu tirar proveito disso.

Veja: A favor do governo Lula há o fato de o país ter voltado a crescer e os indicadores sociais terem melhorado.

Jarbas: - O grande mérito de Lula foi não ter mexido na economia. Mas foi só. O país não tem infraestrutura, as estradas são ruins, os aeroportos acanhados, os portos estão estrangulados, o setor elétrico vem se arrastando. A política externa do governo é outra piada de mau gosto. Um governo que deixou a ética de lado, que não fez as reformas nem fez nada pela infraestrutura agora tem como bandeira o PAC, que é um amontoado de projetos velhos reunidos em um pacote eleitoreiro. É um governo medíocre. E o mais grave é que essa mediocridade contamina vários setores do país. Não é à toa que o Senado e a Câmara estão piores. Lula não é o único responsável, mas é óbvio que a mediocridade do governo dele leva a isso.

eja: Mas esse presidente que o senhor aponta como medíocre é recordista de popularidade. Em seu estado, Pernambuco, o presidente beira os 100% de aprovação.

Jarbas: - O marketing e o assistencialismo de Lula conseguem mexer com o país inteiro. Imagine isso no Nordeste, que é a região mais pobre. Imagine em Pernambuco, que é a terra dele. Ele fez essa opção clara pelo assistencialismo para milhões de famílias, o que é uma chave para a popularidade em um país pobre. O Bolsa Família é o maior programa oficial de compra de votos do mundo.

Veja: O senhor não acha que o Bolsa Família tem virtudes?

Jarbas: - Há um benefício imediato e uma consequência futura nefasta, pois o programa não tem compromisso com a educação, com a qualificação, com a formação de quadros para o trabalho. Em algumas regiões de Pernambuco, como a Zona da Mata e o agreste, já há uma grande carência de mão-de-obra. Famílias com dois ou três beneficiados pelo programa deixam o trabalho de lado, preferem viver de assistencialismo. Há um restaurante que eu frequento há mais de trinta anos no bairro de Brasília Teimosa, no Recife. Na semana passada cheguei lá e não encontrei o garçom que sempre me atendeu. Perguntei ao gerente e descobri que ele conseguiu uma bolsa para ele e outra para o filho e desistiu de trabalhar. Esse é um retrato do Bolsa Família. A situação imediata do nordestino melhorou, mas a miséria social permanece.

Veja: A oposição está acuada pela popularidade de Lula?

Jarbas: - Eu fui oposição ao governo militar como deputado e me lembro de que o general Médici também era endeusado no Nordeste. Se Lula criou o Bolsa Família, naquela época havia o Funrural, que tinha o mesmo efeito. Mas ninguém desistiu de combater a ditadura por isso. A popularidade de Lula não deveria ser motivo para a extinção da oposição. Temos aqui trinta senadores contrários ao governo. Sempre defendi que cada um de nós fiscalizasse um setor importante do governo. Olhasse com lupa o Banco do Brasil, o PAC, a Petrobras, as licitações, o Bolsa Família, as pajelanças e bondades do governo. Mas ninguém faz nada. Na única vez em que nos organizamos, derrotamos a CPMF. Não é uma batalha perdida, mas a oposição precisa ser mais efetiva. Há um diagnóstico claro de que o governo é medíocre e está comprometendo nosso futuro. A oposição tem de mostrar isso à população.

Veja: Para o senhor, o governo é medíocre e a oposição é medíocre. Então há uma mediocrização geral de toda a classe política?

Jarbas: - Isso mesmo. A classe política hoje é totalmente medíocre. E não é só em Brasília. Prefeitos, vereadores, deputados estaduais também fazem o mais fácil, apelam para o clientelismo. Na política brasileira de hoje, em vez de se construir uma estrada, apela-se para o atalho. É mais fácil.

Veja: Por que há essa banalização dos escândalos?

Jarbas: - O escândalo chocava até cinco ou seis anos atrás. A corrupção sempre existiu, ninguém pode dizer que foi inventada por Lula ou pelo PT. Mas é fato que o comportamento do governo Lula contribui para essa banalização. Ele só afasta as pessoas depois de condenadas, todo mundo é inocente até prova em contrário. Está aí o Obama dando o exemplo do que deve ser feito. Aqui, esperava-se que um operário ajudasse a mudar a política, com seu partido que era o guardião da ética. O PT denunciava todos os desvios, prometia ser diferente ao chegar ao poder. Quando deixou cair a máscara, abriu a porta para a corrupção. O pensamento típico do servidor desonesto é: “Se o PT, que é o PT, mete a mão, por que eu não vou roubar?”. Sofri isso na pele quando governava Pernambuco.

Veja: É possível mudar essa situação?

Jarbas: - É possível, mas será um processo longo, não é para esta geração. Não é só mudar nomes, é mudar práticas. A corrupção é um câncer que se impregnou no corpo da política e precisa ser extirpado. Não dá para extirpar tudo de uma vez, mas é preciso começar a encarar o problema.

Veja: Como o senhor avalia a candidatura da ministra Dilma Rousseff?

Jarbas: - A eleição municipal mostrou que a transferência de votos não é automática. Mesmo assim, é um erro a oposição subestimar a força de Lula e a capacidade de Dilma como candidata. Ela é prepotente e autoritária, mas está se moldando. Eu não subestimo o poder de um marqueteiro, da máquina do governo, da política assistencialista, da linguagem de palanque. Tudo isso estará a favor de Dilma.

Veja: O senhor parece estar completamente desiludido com a política.

Jarbas: - Não tenho mais nenhuma vontade de disputar cargos. Acredito muito em Serra e me empenharei em sua candidatura à Presidência. Se ele ganhar, vou me dedicar a reformas essenciais, principalmente a política, que é a mãe de todas as reformas. Mas não tenho mais projeto político pessoal. Já fui prefeito duas vezes, já fui governador duas vezes, não quero mais. Sei que vou ser muito pressionado a disputar o governo em 2010, mas não vou ceder. Seria uma incoerência voltar ao governo e me submeter a tudo isso que critico

Fonte: Revista Veja

Saturday, February 14, 2009

O Outro Lado Da Moeda

É bom ter várias perspectivas sobre um mesmo assunto. Segue uma aqui bastante inesperada que não vi comentada em nenhum outro blog brasileiro antes.

Immigration Watch Canada


WHO ARE WE? WHY HAVE WE ORGANIZED?


Immigration Watch Canada is an organization of Canadians advocating a major reduction to Canada's current record-high immigration levels and major reform to Canada's immigration policies.

We believe Canada should have some immigration, but that immigration levels should be reduced to about 20% of the current annual 260,000 intake.

Most Canadians know that there has been and continues to be widespread abuse of Canada's immigration system. Our government has taken some measures to correct the fraud, but much of it remains.

No other Canadian public policy issue arouses as much irrationality as does the immigration issue. No other issue gets as muddied by irrelevant arguments as does immigration policy.

E Mais Essa Agora....

Made in Canada fix for job crisis - Feds prepared to limit immigration

Rudyard Griffiths: Unemployment crisis demands a re-examination of immigration plans

Iraq War Is America's Budget Fiasco--High Immigration Is Canada's

Depois disso, pode jogar os planos de 2010 para 2011......

E haja saco e paciência....

Arrival Survival

Quem sabe, pode ajudar.

Friday, February 13, 2009