Sunday, January 30, 2011

Viagem para Vancouver - Empacotamento e Embarque

Primeiro post depois da viagem. Ando muito ocupado aqui em Vancouver acertando as coisas. Vou postar aqui o que aconteceu, mais ou menos em ordem cronológica.

Empacotamento:
Comprei 5 caixas de papelão reforçado 50cm x 50cm x 50cm na CaixasNet em São Paulo. Depois que fizemos a rapa de doações de coisas velhas em casa, acabaram ficando 3 caixas com 29kg cada uma para levar agora. Isso fora 3 malas grandes despachadas e 3 malas de mão. Entre o empacotamento dos itens, fui montando a lista de personal effects. Uma para os itens que estava levando e outra para os itens que seguirão no futuro na próxima viagem ou via cargo. Montei a lista numa planilha Excel mesmo de maneira bem simples, agrupando os itens quando possível. Segue um link para a planinha que em montei. Basta baixar e aplicar os filtros para os itens "Accompany" e "Follow".
Os eletrônicos acabei listando item a item com os seus devidos números de série para não haver problemas de impostos e/ou alfândega. Para quem se preocupa muito com essa lista, procure usar a seguinte metodologia. "Com o que a alfândega canadense pode criar caso?". Suas cuecas velhas? Forget about it, com certeza não. O seu laptop? Talvez sim, então vai para a lista.

Embarque:
Dia 11/01 (Terça) tomamos o vôo da Air Canada para Toronto. De lá tomamos outro vôo que só sairia no final do dia 12/01 para Vancouver.
Quem estava em São Paulo na Terça vai lembrar do dilúvio bíbilico que se abateu sobre a pobre cidade naquela manhã. A cidade praticamente parou nesse dia por causa das inundações nas marginais do rio Tietê. A consequência disso foi que o rodízio foi suspenso, as rádios pediam para as pessoas não sair de casa e praticamente não havia trânsito na Terça de tarde pois todo mundo resolveu de fato ficar em casa. Adiantei a van para umas 16:00 (o vôo era 22:30) e como a chuva tinha dado uma trégua e não havia trânsito algum, chegamos ao aeroporto rapidamente às 16:45.
De lá entramos na fila do check in e já emiti os bilhetes de embarque nas máquinas que ficam ao longo da fila. A fila mesmo só serviu para despachar as caixas (devidamente seladas com aquele plástico no aeroporto) e as bagagens. As malas foram simplesmente colocadas na esteira e lá se foram. As caixas nem foram pesadas e também lá se foram pela esteira. Se eu tivesse levado umas 5 caixas com 50kg cada, ninguém teria falado nada.

Bem, daí apareceu a primeira surpresa. A minha esposa é Portuguesa e tem igualdade de direitos no Brasil. Por esse motivo ela não tem mais o RNE e sim um RG. No check in, o atendente da AC viu o passaporte Português dela e perguntou: "Preciso de um documento que indique que ela está legal aqui no Brasil.". Nessa hora eu gelei. Ela é uma estrangeira e precisa comprovar que está legal no país. Assim como qualquer outro estrangeiro em qualquer outro país. E nessa hora não adianta certidão de casamento, de nascimento dos filhos, CNH, nada. Ou é o RG ou é a certidão do Ministério das Relações Exteriores com a titularidade da igualdade de direitos e as duas coisas estavam em casa. Resultado, o atendente não queria fazer o check in. Conversa para cá, conversa para lá o atendente chamou o supervisor e ele disse: "Pode fazer o check in, mas deixe as malas em standby até que vocês passem pela Polícia Federal". Isso significava que as malas não seriam embarcadas no avião até que a situação fosse resolvida.
Primeira etapa vencida, dali saí para pegar o RG da minha esposa em casa, pensando no trânsito fácil que peguei na ida ao aeroporto. Deixei a digníssima e os filhos acomodados em um restaurante e corri para o táxi (quase esqueci as chaves de casa). Na hora que eu coloco os pés para fora, no guichê da Guarucoop, a segunda surpresa. Chovia cântaros, tipo, chuva com trovoadas e o escambau. Pensei comigo, "E agora? E agora?". Decidi arriscar e ir. Eram 18:30 e o vôo era só as 22:30. Entrei no táxi e fui embora. Na saída do aeroporto, aquela baita chuva. Falei da minha aflição para o motorista mas pedi que fosse devagar pois a última coisa que precisava naquele momento era um acidente. Surpreendentemente a chuva deu uma trégua no momento que entramos na marginal. Resultado, consegui ir até minha casa e voltar em exatos 60 minutos e as 19:30 estava de volta no aeroporto. E tudo isso graças a chuva da manhã que fez com que o trânsito fosse praticamente inexistente nessa hora que é de rush e graças ao motorista do táxi que foi me tranquilizando pelo caminho todo para que eu não tivesse um enfarte e graças a São Pedro que deu a trégua no dilúvio que assolou São Paulo.
Com o documento em mãos, passamos rapidamente pelo guichê da PF. De fato, pediram o RG dela e as certidões de nascimento das crianças pois no passaporte não tem o nome dois pais. Sem isso certamente enfrentaríamos problemas. Dali fui para o guichê da Air Canada e pedi para que as nossas malas fossem finalmente embarcadas no avião.

Encerro esse post por aqui, depois conto sobre a viagem e o landing.

Conclusões:
1) Vou grampear o RG da minha esposa ao passaporte dela para não ter mais esse tipo de 'problema'.
2) Se tem filhos, tire o RG deles ou leve as certidões de nascimento das crianças para demonstrar o vinculo familiar.
3) Compre um carrinho daqueles para carregar bagagem para levar as caixas de um lado para o outro. Suas costas agradecem.
4) Faça a selagem das caixas com aquele plástico transparente ao chegar no aeroporto. Apesar de serem de papelão reforçado, constatei que as caixas teriam se desintegrado.

Der Doppelgänger.

3 comments:

Ma said...

Que aventura, hein? E agora começa um novo episódio. Boa sorte!!!

Marlon Guerios said...

Olá, estamos indo agora em Abril e estou pensando em comprar essas caixas. Você acha que vale mesmo a pena... Em que estado elas chegaram?

Valeu!

Der Doppelgänger said...

Marlon:
Apesar de serem reforçadas, elas chegaram num estado bem capenguinha. Tanto pelo peso em si das coisas quanto pelo próprio manuseio delicado nos aeroportos e umidade/chuva/neve. Isso porque eu ainda coloquei aquele plástico em volta da caixa para proteger ainda mais.

Uma outra caixa qualquer não-reforçada teria se despedaçado inteira e não teria chegado ao destino.

Portanto as minhas recomendações são: sim, compre uma caixa de papelão reforçada e sim, faça a embalagem da caixa em plástico filme.

Abraço e boa sorte na jornada.

der doppelgänger